Teve lugar no dia de ontem, quinta-feira, 14
de Outubro, no salão da sede da União das Freguesias de Estremoz (Santa Maria e Santo André), a cerimónia de instalação dos órgãos representativos da União das Freguesias de Estremoz.
Após a tomada de posse de todos os eleitos, saídos das Eleições Autárquicas 2021, realizadas a 26 de Setembro, coube ao cabeça de lista da força política mais votada a apresentação de uma proposta de executivo para a União das Freguesias de Estremoz.
Pedro Ramalho apresentou uma lista composta apenas por eleitos pelo Partido Socialista (PS), proposta essa que foi rejeitada, inviabilizando-se assim a eleição do novo executivo desta União das Freguesias. Ao que o Ardina do Alentejo conseguiu apurar, a proposta de executivo foi rejeitada com sete votos contra e seis a favor.
Na próxima quinta-feira, Pedro Ramalho irá apresentar uma nova lista para ser votada pelos 13 autarcas eleitos (5 do PS, 4 do MiETZ e 1 da CDU, PSD/CDS, CHEGA! e Nós, Cidadãos!). Ainda não se sabe se a lista a apresentar será a mesma, com os cinco membros eleitos pelo PS, ou se a nova proposta de executivo irá integrar elementos eleitos por outras forças políticas.
Numa situação extrema de não existência de acordo na composição do executivo e no caso das propostas apresentadas por Pedro Ramalho forem continuadamente chumbadas, as eleições para a União das Freguesias de Estremoz (Santa Maria e Santo André) poderão ter de ser repetidas.
A Coligação Democrática Unitária foi, até ao momento, a única força política envolvida em todo este processo que já reagiu publicamente, dizendo que "o caos que imperou foi da total responsabilidade do PS e do MiETZ", acrescentando que "deve exigir-se ao Presidente da Junta eleito o conhecimento das formalidades e da lei a aplicar, às forças eleitas responsabilidade e lealdade na sua actuação, e às forças mais votadas diálogo e cooperação para encontrar soluções de governabilidade que respeitem os votos dos eleitores".
Nesse mesmo comunicado, a CDU afirma que não fará “qualquer pré-acordo” nem com PS, nem com MiETZ. A coligação PCP/PEV acrescenta ainda que “face ao equilíbrio resultante da eleição da Assembleia de Freguesia”, propor como solução única “um executivo composto exclusivamente com elementos do PS” é “desadequado”.
A CDU termina dizendo que é “necessário entendimento e equilíbrio entre as diversas forças eleitas” de forma a ser encontrada uma solução conjunta e que “a discussão honesta e frontal” deve ser feita na Assembleia de Freguesia “e não em qualquer reunião de bastidores”.