Ao abrigo da Delegação de Competências do Estado Central para as autarquias, no que à cultura diz respeito, o Castelo de Évora Monte passou para o domínio da autarquia estremocense a 29 de Junho do ano transacto.
Já no ano de 2022, mais concretamente a 26 de Janeiro, e tendo como intuito a correcção de duas falhas verificadas no auto de transferência, nomeadamente a inclusão do funcionário que está afecto ao espaço, bem como a transferência das verbas previstas para pagamento dos vencimentos, foi aprovada em reunião do Executivo da Câmara Municipal de Estremoz, a minuta da adenda ao auto de efectivação da transferência de competências para a gestão, valorização e conservação do imóvel classificado “Castelo de Évora Monte”, o que permitiu que a autarquia ficasse com a plenitude da gestão sobre o imóvel.
Na próxima sexta-feira, dia 25 de Março, pelas 15 horas, irá realizar-se a Cerimónia de Entrega da Torre/Paço Ducal do Castelo de Évora Monte à Câmara Municipal de Estremoz.
Da cerimónia, que se realiza no interior da Torre do Castelo de Évora Monte, destacamos os seguintes momentos:
15 horas - Discursos institucionais proferidos por Ana Paula Amendoeira, Directora da Direcção Regional de Cultura do Alentejo, e por José Daniel Sádio, Presidente da Câmara Municipal de Estremoz;
15:25 horas - Entrega oficial da chave da Torre/Paço Ducal à Câmara Municipal de Estremoz;
15:30 horas – Apresentação do projecto de animação cultural do Castelo de Évora Monte, por Hugo Guerreiro, Chefe da Divisão de Desenvolvimento Sócio-Cultural, Desportivo e Educativo da Câmara Municipal de Estremoz;
15:45 horas - Momento Musical, com o duo de Clarinete e Violino composto por Mário Tiago e Margarida Espírito Santo.
A Torre/Paço Ducal é um bom exemplar de arquitectura quinhentista, construído, em princípio depois do terramoto de 1531, pelos mestres Diogo e Francisco de Arruda, sendo o senhor da vila, na altura, D. Jaime, Duque de Bragança.
Segundo o historiador de arte Paulo Pereira, a sua planta centrada é provavelmente a sua característica mais marcante, que derivará tanto dos edifícios militares tradicionais, como de edifícios sagrados e funerários, estes mais comuns nesta época. De qualquer forma, os conceitos estéticos manuelinos estão ainda presentes, apesar de, provavelmente, este edifício ter sido construído no reinado de D. João III (r. 1521-1557), período normalmente designado por Tardo-Manuelino.