Ao longo de um troço com 16 quilómetros, localizado no concelho de Estremoz, a empresa Infraestruturas de Portugal vai colocar rede de vedação no Itinerário Principal 2 (IP2).
Desenvolvida no âmbito do projecto LIFE Lines – Redes de Infraestruturas Lineares com Soluções Ecológicas, esta intervenção tem como objectivo implementar e avaliar medidas de minimização dos efeitos negativos das infraestruturas lineares, neste caso em concreto no IP2, em várias espécies de fauna, bem como promover a criação, ao longo das mesmas, de uma Infraestrutura Verde de suporte ao incremento e conservação da biodiversidade.
A empreitada consiste na instalação de rede de vedação no troço do IP2, compreendido entre o quilómetro 210 e o quilómetro 226, representando um investimento associado de cerca de 230 mil euros, com um prazo de execução de 90 dias.
Segundo a Infraestruturas de Portugal (IP), ao longo dos 16 quilómetros da estrada “será removida a vedação existente e substituída por uma vedação de malha progressiva de modo a que estas impeçam a passagem animais para a área da plena via e nós de acesso, delimitando os contornos da zona afecta à estrada em causa”.
“A vedação será reforçada com uma rede adicional, com malha mais apertada, visando os animais de pequeno porte, a qual será acoplada à rede principal e dobrada em “L” com a base enterrada, o que impede a existência de espaçamentos entre o solo e a rede, e dificulta as tentativas de escavação sob a rede, ação muito característica de algumas espécies” explicou a IP.
A empresa pública acrescentou ainda que “a intervenção inclui a colocação de portões basculantes de 500 em 500 metros”.
Desde a primeira hora que a IP integra o projecto LIFE Lines, tendo já desenvolvido e implementado várias soluções de protecção da biodiversidade nas infraestruturas rodoviárias sob sua gestão directa.
O LIFE Lines é um projecto coordenado pela Universidade de Évora, e que tem como parceiros a Infraestruturas de Portugal, a Câmara Municipal de Évora, a Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, a Associação de Desenvolvimento Local Marca, a Quercus, a Associação Nacional de Conservação da Natureza, e a Universidade de Aveiro e a Universidade do Porto, através das suas faculdades de Ciências.
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